TACTIL: do Lat. tactile adj. 2 gén., relativo ao tacto; que se pode tactear.
Tactil. E a nova palavra que esta na moda em termos de tecnologia. iPods, telefones movéis, GPS, PDA, ecrãs de computador, televisores, tudo integra agora ou num futuro proximo a tecnologia do "toque". até nos jogos de video (nintendo DS) podemos agora movimentar personagens tocando directamente no ecrã. De uma maneira geral, o conceito é nos vendido com uma noção de prazer, de simplicidade de utilização. Eis o futuro da civilização humana. Michel Houellebecq, no seu ultimo romance, "A Possibilidade de uma Ilha", faz uma assustadora anticipação do que serà a nossa sociedade daqui a algumas centenas de anos: os homens viverão trancados e comunicarão através de computadores exclusivamente, todo o contacto real sera abolido, e a reprodução deixarà de ser o processo natural (e agradabilissimo) que nos conhecemos para se tornar uma mera clonagem. Assim, a eternidade està-nos prometida a todos. Mas o preço para tal é a distância. Das gated communities passaremos para a gated humanity. Serà que esse cenàrio é assim tao futurista? Ou estamos aos poucos a avançar REALMENTE nesse sentido? Pensem no numero de pessoas com quem dialogamos diariamente sem as ver, sem as ouvir, e ao fim do dia temos a impressão de ter passado grande parte do dia com elas...
Pois é, amigos, a tecnologia não anticipa, mas segue a evolução da sociedade que a utiliza. Mas eu quero, revindico o toque humano; quero ver, ouvir, sentir. Quero acreditar que o unico verdadeiro contacto, o unico verdadeiro toque que possa transmitir um prazer genuino é o da pele contra pele. Abraçar um amigo, um familiar que nao vemos a algum tempo; sentir o cheiro, a maciez da mão de uma pessoa amada; o contacto desagradavel da multidão num autocarro cheio, ou ao contrario a comunhão de fãs no concerto do meu artista preferido; Para mim, tudo isso vale todas as tecnologias do mundo. Porque por enquanto, ainda não somos maquinas, apenas Homens...
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