Sou um jovem angolano cosmopolita e quis, ao criar este Blog, partilhar com vocês os meus gostos e desgostos, comentários sobre aquilo que me interessa. Todo comentário é bem vindo, desde que seja respeitada a coisa mais importante neste mundo: o direito a uma opinião.
Wednesday, November 08, 2006
A Black Man in the White House?
Hà dias vi uma reportagem sobre o deputado democrata americano, Barack Obama.
Filho de um economista Kenyano e de uma descendente de Jefferson Davies (1808-1889, Presidente dos Estados Confederados -do Sul- durante a Guerra de Secessão Americana), este jovem homem politico americano, depois de um percurso universitario exemplar (ciencias politicas e relações internacionais em Columbia, direito em Harvard) envereda pela defesa dos direitos civicos antes de seguir uma carreira politica que o leva a ser eleito Senador do Estado de Illinois em 2004 (unico "afro americano" actualmente no Senado).
Puro produto do American Dream, Obama apresenta-se hoje como um potencial candidato Democrata às eleições presidenciais de novembro de 2008. Apresentado como um candidato capaz de reunir os Americanos quaisquer que sejam as diferenças, ao invés dos republicanos, cuja estratégia -segundo os democratas- é de dividir, Além da success story, o que me pareceu interessante no documentario foi a percepção que os americanos têem dele. O facto de ser mestiço nos Estados Unidos pode ser um freio às suas ambições politicas. Tiger Woods, famoso jogador de golf cujo pai é "afroamericano" e a mãe de origem tailandesa, provocou um movimento de revolta junto da comunidade negra nos EUA quado afirmou que ele não era SOMENTE afroamericano. Sejamos claros: nos Estados Unidos, um individuo que tenha uma gota de sangue negro não é mestiço, mulato, ou seja là o que for; é Negro. Mesmo se a Mãe deste é loira e de olhos azuis. O que quer dizer que, para a "comunidade", este tera que mais ou menos renunciar ao seu lado "branco" para nã ser considerado como um "vendido".
Estranho paradoxo, que a sua "origem" lhe possa abrir a simpatia dos media e ao mesmo tempo torna-lo indesejavel junto de uma comunidade que deveria ser a primeira a apoia-lo. São apenas suposições da minha mente fértil, mas esperemos que os negros americanos se mostrem mais cidadãos que nas ultimas eleições e se ajudem a eles mesmo antes de se perguntarem de que forma é que os outros lhes podem ajudar.
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1 comment:
eu antes de escrever este artigo documentei me um pouco sobre o senhor, e a simpatia que nutro por ele não é por ser negro, mas por me ter parecido ser um homem integro cujo ideal não é uma América melhor para os negros, mas uma América melhor para todos. O que quiz realçar foi apenas que, apesar do percurso meritorio, da simpatia natural que emana dele e que convenceu de maneira geral os media e grande parte da população, a cor da pele dele seraum dos factores determinantes para o futuro politico dele caso ele tenha ambiçoes presidenciais, e parece ser o caso. Nada de angelismo nem de cinismo exacerbado, apenas uma realidade...
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