Robert Mugabe foi re-eleito presidente do Zimbabwé, com 90,2% dos votos. Apesar da onda de violência que se abateu sobre os seus oponentes desde os resultados da primeira volta; apesar da intimidação aberta e nem sequer camuflada que sofreu Tsvangirai, o líder da oposição (que se retirou do sufrágio à ultima da hora para que os seus parassem de sofrer represálias); apesar da condenação de tais actos de terror pela comunidade internacional, Mugabe é o Presidente do Zimbabwé.
A União Africana, na sua cimeira de Sharm El Cheikh, poropôs que se criasse um governo de coalição, do qual faria parte Morgan Tsvangirai, como única solução para que Mugabe tenha o mínimo de legitimidade a nível internacional...
Está uma situação complicada, pois como é que Tsvangirai pode integrar um governo que utilisou a violência e a intimidação para o impedir de ser eleito e de trazer uma verdadeira mudança ao país? Que margem de manobra terá ele dentro duma estrutura onde ele seria apenas um alibi para mostrar que existe uma pseudo democracia? Esta proposta da União Africana será uma maneira de contentar ao mesmo tempo as Nações Unidas e o regime de Mugabe? Será que os Estados Africanos hesitam em tomar uma posição mais firme por prudencia ou em previsão de um dia, hipoteticamente, precisarem que a mesma atitude seja aplicada em relação a eles? Será que a democracia em África segue os moldes da democracia Ocidental? Será que ela se adapta tal e qual, sem mudanças profundas, à maneira Africana de viver e ver o mundo?
1 comment:
xé menino num fala politica, num fala politica num fala politica....
O Robert bateu corrida sozinho....hehehe coitados dos zimbabwe coitados de nós mas epa se os outros levaram sei lá quantos anos para chegar a democracia na sua forma actual quantos levaremos nós?I'm out of Presidents to represent me!!!!!
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