Se alguem pedir a um francês para designar um objeto ou monumento que represente a França, ele vai quase de certeza citar a torre Eiffel. Para os Americanos é a Estatua da Liberdade. Para os Ingleses sera o Big Ben. Todos estes edificios/ monumentos são alvos preferenciais para turistas do mundo inteiro, e o merchandising à volta deles faz deles fontes de receitas fantasticas para estes paises. Nos, Angolanos, temos a estatua das Heroinas ou a de Neto, ou riquezas Naturais como a Palanca ou a Welwitchia. Mas para mim, o Pensador é o melhor embaixador de Angola no mundo.
Sentado no chão, os cotovelos sobre os joelhos, as mãos na cabeça e as costas arqueadas, o pensador tem uma postura de homem preocupado. Desesperado? Talvez. Um homem que acabou de perder uma pessoa querida. Ou um amante abandonado. Ou um pai de familia preocupado com o pão dos seus pequenos. Ou um velho ermita que se retirou do mundo para fugir à sua loucura. Talvez um soba, monumento de sabedoria, apreciando em silencio o desenrolar da vida diante dos seus olhos. Ou um velho cansado esperando a morte, depois de uma vida cheia de altos e baixos...
O Pensador pode ser cada um de nos, num momento de intensa reflexão, numa das situações acima citadas ou 1001 outras. O nosso inconsciente colectivo incorporou esta peça de artesanato nas nossas mentes, nas nossas vidas, e para além dum monumento à cultura angolana, é algo que nos pertence a todos.
http://multiculturas.com/angolanos/alberto_pinto_tchokwe.htm
